sábado, 23 de junho de 2012

A CRISE NÃO É GERAL (décimas) Gabriel de Sousa

A CRISE NÃO É GERAL
Gabriel de Sousa
«Quem a crise provocou
Está fora e sabe bem,
Que muito o pobre pagou
Na conta dele também»
João Velez Venâncio

A CRISE NÃO É GERAL
(décimas)
Gabriel de Sousa

1

Recuando muitos anos,
Relembrando a História,
Quase não temos memória
Do País, com tantos danos,
Preso de tantos enganos.
Quanto euro se gastou,
Corrupção alastrou,
Mais e mais austeridade,
Só se safa de verdade
Quem a crise provocou.

2

Descem os nossos salários,
Fome espreita à esquina,
Como é triste nossa sina!
Aumentam impostos vários
P’ra os não milionários.
Nem São Bento nem Belém
Protegem quem pouco tem,
Pobre de mim, o coitado,
Só o rico é poupado,
Está fora e sabe bem,

3

Põe capitais mais a norte,
Explora o pessoal,
Que já vivia tão mal.
P’lo seu lado está a sorte,
Resta-nos pensar na morte.
Nosso dinheiro minguou,
A pobreza já chegou,
Os bancos já não emprestam,
Nem umas migalhas restam…
Que muito o pobre pagou

4

Erros que não cometeu,
Dinheiro tão esbanjado,
O País endividado,
O Povo, que já sofreu,
Vê roubar tudo que é seu.
Na maré do vai e vem,
o pobre não está bem.
Vamos saber lutar
Para o rico pagar
Na conta dele também!  

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