quarta-feira, 20 de junho de 2012

Distante...Maria Kátia Saldanha

Distante 
Maria Kátia Saldanha    
Distante da minha mente
Além da alma repartida
Há um corpo vazio
Vagando sem tempo presente.

Em correnteza assaz.
Sem sorriso sereno,
Sem fortuita fantasia
Para atravessar a represa.

Opulenta soberana avareza
Modela os seixos dos rios,
Quer mudar seu curso
para lagos que a adoram
sem querer perceber que
o sangue do seu sangue
em dor sumária jorra.

Quão é fácil o prazer da aspereza
Tornar um rio caudaloso
Afluente de mil cores,
Em tremulo fio incorrente.

Não somos pertecentes a este rio fluete
Sou nascente.
Nascedouro dos rios infidamente claro.
No esparmo ruidoso,
Sou rio que devora

Não voltando a mesma rota.
Uma diluida birfucação,
Traga para um distante oceano
Longe, bem longe
De um rio sem mais corrente

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