Um Bailado...Maria Kátia Saldanha

UM BAILADO 
Maria Kátia Saldanha

Um bailado de borboletas era como um berloque a se pôr.
Sem coreografia ensaiavam um arco-iris de cor,
insolitas e alheias a amplidão ao redor
deliciavan-se ao som do dos ventos eclosivos.
Mil e uma cores.
Num labor tão natural,para simples mortal.
Elas valsavam, sem lembranças encantavam, sem louros suas asas melodiavam.
Meio dia a pino, o sol mais brilhantes as deixaram, juntos sem sombrear, deliravam.
Milhares delas invadiram-me,a mostrar o lirismo sem teatros ou anfitriões
como palco, o céu em tom sobre tom
faceiramente delicadas, todo o universo em cores tornavam.
Natureza exposta a mercê dos humanos olhos.
Nada procuram, somente um bailar do contentamento.
E sua força aventureira, deleita-me
a vagar em breve liberdade.
As bailarinas continuam sem bordas estreitas
sem se ater a chegar as estrelas.
Elas voam, revoam ao redor da terra
 sem presupostas simetrias, as borboletas melodias em suas asas.

Uma única flor, vários casulos, e belas rebentam em "bolero"