ADORMECES |
Adormeces, não o despertarei
Teu sono tranquilo e sereno
Dita a fadiga diária que não presenciei
A lua ensombreada surge no infinito
E o cobre com seu manto luzidio que nunca negligenciei
Dormes e vejo seu corpo cansado recolhido
Trás na face o pesar passado que contigo não vivenciei
Ouvindo-o busco aliviar seu louco tormento
Vaporosas amente a brisa noturna
afugenta tua dor que ao céu elevei
Meu amor vai estar em meus braços acolhido
Olho a noite estrelada e renovo meus votos
que só não o deixarei
A lua soluça em orvalho por quem tanto
Amigavelmente clareia as pedras que contigo desviarei
Cada passo, cada momento de alegria há rastro
Por onde anda toda essa verdade que sonhei
Somente sei que enquanto dormes te pertenço
Meu sentimento são mil vidas de amor que te dei
Meus olhos são memorias das estradas em continuação
Inundo os oceanos com minhas lágrimas que lá joguei
Há um imenso mar de separação chora meu coração
Talvez mirando o céu entre as estrelas o verei
A luz da lua já começa a dar lugar ao sol venturoso
Já começas a despertar dos sonhos que contigo troquei
Em cada passo sou pássaro sem rumo
E neste delírio de sonhos nada direi
Já o horizonte não olho longe estou do seu chão
O frio me atinge como relâmpago
Tento não despertar do sonho que idealizei
Apenas saiba...te amo, somente me apaixonei
Maria Kátia Saldanha
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