MEU ANJO Maria Kátia Saldanha |
Meu anjo, e amado cavalheiro andante
Que vives tão distante de mim em combate
Não deixe que a cerração nos afaste
Faz de mim sua Dulcinéia sem Cervante
Contigo não me foge a visão dos dias, e, hora
Nem o prazer que sobre mim geme e palpita
Porque tua contemplação, meu doce cavalheiro
Faz meu corpo arder e palpitar neste oceano largo
E, em milessimos de segundos pelo desejo de amar atinjo-o
Flutuando, sem necessitar de asas,feliz a você chego
Sem resistência, por inteira entrego-me,
a este moinho de vento
Que nosso suspiro, não tarda,
a avivar nosso amor não adormecido
Sem amargura e já acabada tão longa ausência
de inesperado degredo
Apetece-me o ver raiando na luz da madrugada,
fazendo seu moinho de vento meu peito
E da fresca relva nosso impietuoso,
vulcanizado e apaixonante leito,
Meu apaixonate, andante, amado cavalheiro
Sua peregrinação há de terminar, e uma doce,
Sua peregrinação há de terminar, e uma doce,
mais selvagem senhora
Em todos os cantos e recantos em corpo,
na alma do coração o acompanhara
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