Distância (Jorge Filholini) |
Sem o fôlego de Zéfiro
o vento passa desgastado
cansado de tanta viagem inóspita
várias bagagens a carregar
e solidão a assentar
passa entrépido sem nunca ser subestimado.
Sem força;
este mesmo vento bate em minha face,
é inocente como um beijo pueril
Senti o seu toque na pele,
como as mãos brandas de um amor que na cama foi consumado.
É egoísta e não me faz companhia,
como na beira-mar ela fazia após a maré encher.
Mas o vento é caridoso,
cumpre sua missão,
encurvado,
traz de longe um recado;
foi passageiro,
compreendi pouco, porém senti em meus ouvidos
o sussurro de outro oceano, outra beira, outro cais.
O sopro da saudade.
o vento passa desgastado
cansado de tanta viagem inóspita
várias bagagens a carregar
e solidão a assentar
passa entrépido sem nunca ser subestimado.
Sem força;
este mesmo vento bate em minha face,
é inocente como um beijo pueril
Senti o seu toque na pele,
como as mãos brandas de um amor que na cama foi consumado.
É egoísta e não me faz companhia,
como na beira-mar ela fazia após a maré encher.
Mas o vento é caridoso,
cumpre sua missão,
encurvado,
traz de longe um recado;
foi passageiro,
compreendi pouco, porém senti em meus ouvidos
o sussurro de outro oceano, outra beira, outro cais.
O sopro da saudade.
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