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FOLHAS AO VENTO  Maria Kátia Saldanha |
Uma imagem paira na orla
Um vento uniforme movem suas folhas
Uma fragncia infantil invade espelhada face
Brincam com suas folhas entre meu cabelos
Ora em inércia suas folhas param
Parando também todo meu pensar
Sinto uma uma paz envolta em saudades
Um aroma de meninice nas mangueiras a brincar
Tal as folhas ao vento que se vão agora
Um lento tempo ressoa nas folhas caidas
Como um choro das lembranças esquecidas
Uma semente entre as folhas se abre
Com o vento a deixar seus lembretes
Que quando suas folhas amareladas caem
Outras em profundo encantamento germinam
Deixando-se brotar em novas existências
Seivas de vidas
Constatando as leis naturais
Das multiplicadoras estações
Folhas ao vento esplendor entre as incitações
Frutos e flores matinais dos amantes corações
Nestas paragens reflito:
Amar, é como folhas ao vento
Sem liberdade não podem o amor alimentar
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