sábado, 28 de julho de 2012

Impar/Par...Maria Kátia Saldanha

Impar/Par
Maria Kátia Saldanha
Nascera em dia impar
Mas, não por ser uma pessoa impar
Somente nascera em dia impar
Sem par foi todo seu adolescer
Passara tanto sem par
Que passou sem perguntar
Pobremente prosseguiu sem sonhar
Não ,por não pensar
Só seguiu, para quê questionar
Era mais fácil caminhar
Sem muito pra traz olhar
Olhar?
Também não olhou
Também não se apercebeu ver
Como diferençar ver e olhar
Quem não enxergou a vida passar
Vamos seguir ou caminhar?
Sem saber respostar
Sacudiu os ombros e foi longo tempo olhar
Olhou, olhar, ver enxergar
Perguntas na mente a vagar
Tantos a sua volta com par
E.. lá sozinha, impar, a esvaziar
Maré, no ir e vir
Areia fina com o vento a levar
Sem meia ou inteiras a ondular
Era sozinha, nem sol nem luar
Estrela solitária, mas, não possuía brilhar
Uma cheia, uma vazia, um quarto sem acrescentar
Só passou pela vida...sem carta jogar
Impar nascera, não por ser impar
Só nascera em dia impar
Mas, no mês par, em ano par
Em família impar
Era temporariamente impar
Quando as bases começou a abalar
Ficou sem par por ter família impar
Hoje é impar, a família é par?
Não sabe falar
Mais continuou a andar
Uma senhora a se tonar
Começou a questionar
Sozinha não quiz mais ficar
Um dia feliz encontrou um par
E, depois de longas noites, quer reivindicar
Seu tempo sem tempo, solitária sem par
E Deus vai ajudar?
Quem saberá se irá durar?
Não se sabe....
Só vão juntos começar
Impar nascera,
impar há de se tonar
Sempre.... impar/ par

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