A lembrança que me ficou Gabriel de Sousa |
trago entre as folhas do canhenho
a pétala duma flor;
ela seca, perde o aroma,
e só fica a valorizá-la a data que se lhe inscreve.
Fui a Balasar um dia. Voltei uma segunda vez.
E também trouxe de lá,
entre as folhas do Livro de Horas de minha pobre vida,
uma pétala de lembrança.
E também trouxe de lá,
entre as folhas do Livro de Horas de minha pobre vida,
uma pétala de lembrança.
Mas essa ainda não murchou,
ainda não perdeu o aroma:
a visão duma alma angelical,
através duns olhos de pureza,
como nesta derrancada terra se não encontram.
ainda não perdeu o aroma:
a visão duma alma angelical,
através duns olhos de pureza,
como nesta derrancada terra se não encontram.
E, do Calvário da Alexandrina Costa,
foi esta a dolorosa e imaculada lembrança
que me ficou.
foi esta a dolorosa e imaculada lembrança
que me ficou.
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