quinta-feira, 9 de abril de 2015

Grande Gradil...Maria Kátia Saldanha


Grande Gradil
Grande gradil,
ladeando as transversais,
debulha em lágrimas perdidas,
do amor que insanamente foi deixado
sem mesmo saber porque,
de quem trancafiou o gradil
não procurando entender,
o que viria acontecer,
andarilha das noites insones,
matando flores em prantos,
já não há mimo

Surda é a noite
seus gritos desperta delírios
seu sonhos escravizam,
em elos de alma encurralada
eremita de alma inocente
enclausurada nos chicotes da mente,
voa em busca de um novo nascente

Nada mais de certezas
nem de planos para o porvir
falsos são os bens desta vida
da fraternidade já violentada
prisioneira das palavras,
verbalizadas,
como Flexas lançadas
não extingue cicatriz

Maria Kátia Saldanha

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