segunda-feira, 12 de novembro de 2012

ANTÍTESE - GABRIEL DE SOUSA

ANTÍTESE
Gabriel de Sousa
Triste e acabrunhado
Olho uma rosa pálida :
- Tem uma gotinha de água
Numa das suas pétalas,
Reflexo de qualquer lágrima
Que deslizou pela face
De certa mulher perdida.
Não tardará a murchar,
Para outra rosa nascer
E ela poder ser esquecida.


Antítese das rosas,
Os homens quando morrem
Não devem ser olvidados :
- Estranho mundo que somos,
Coabitando com sombras
Em lugares inocupados

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