sábado, 25 de julho de 2015

Alcácer (décimas) Gabriel de Sousa


ALCÁCER
(décimas)
Na graça de cada olhar
há desejos, sonhos tantos
dentro de nós a cantar
Alcácer e seus encantos.

Jorge Marques


ALCÁCER

1

Quem te vê, jamais esquece 
As tuas casas caiadas
E de azul bem debruadas:
- São bordados que Deus tece,
Resultados duma prece...
Gosta-se de visitar
Tuas belezas sem par,
A população é pura
E encontra-se ternura
Na graça de cada olhar.


2

Quando é o dia da feira, 
Come-se uma pinhoada
Antes de ver a tourada
E ainda há maneira
De chegar à tua beira,
Para secar os teus prantos
Pedindo a todos os Santos
Que esqueçam tua idade
Porque em ti, bela cidade
Há desejos, sonhos tantos.


3

Arroz, cortiça, pinhão 
São parte da tua vida,
Oh minha Alcácer querida
Que estás no meu coração
E no som duma canção:
- Vim, vi e quero voltar
E nunca me vou cansar
De escutar em cada ano
Teu sotaque alentejano
Dentro de nós a cantar.


4

Pedro Nunes, Bernardim 
Nasceram no teu regaço
E homenagem lhes faço,
Modesta vinda de mim
Mas sincera, sem ter fim
E partilhada por tantos.
Eu vejo de muitos cantos
As muralhas do castelo,
Olhando com seu desvelo
Alcácer e seus encantos.


Gabriel de Sousa

NB – 2º Prémio nos XX Jogos Florais da AURPICAS
Alcácer do Sal – 2006

Nenhum comentário:

Postar um comentário