quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Cristo Redentor RJ: Aniversário de 80 anos

História do Cristo Redendor
Com os seus 38 metros de altura, pode-se dizer que, além de ser um belo e ilustre documento para os cariocas, é algo que possui uma forte energia, e quando as pessoas o visitam, não há como chorar, ou manter-se quieto diante de algo tão valioso para a humanidade quanto o Cristo.


De braços abertos, o monumento que já recebeu milhares de turistas e celebridades do mundo inteiro.

Para quem não sabe nem um pouco da trajetória do Cristo, vamos ajudar, bem, ele foi um monumento construído no ano de 1931 no topo do morro do Corcovado.
 
Como foi construído o Cristo Redentor?

por Por Cíntia Cristina

A estátua de 38 metros de altura e mais de mil toneladas levou cinco anos para ser construída. Pode-se dizer que ela foi criada a seis mãos. O engenheiro Heitor da Silva Costa fez o primeiro projeto, o artista plástico Carlos Oswald se encarregou do desenho final e o escultor francês Paul Landowski modelou as peças que compõem a estátua. Sua construção começou a ser planejada em 1921, quando religiosos e autoridades do governo se reuniram em uma associação chamada Círculo Católico, no Rio de Janeiro, para discutir a idéia. Dois anos depois, foi realizado um concurso de projetos, vencido por Heitor da Silva Costa, e uma campanha nacional arrecadou fundos para a obra. Além do Corcovado, o Pão de Açúcar e o Morro de Santo Antônio também foram lembrados como possíveis pontos para o monumento.

A vontade de integrar a obra à natureza, porém, favoreceu a primeira montanha, cercada por uma bela porção de Mata Atlântica. Segundo o projeto original, o Cristo deveria segurar o globo terrestre em uma mão e uma cruz na outra. Mas a idéia de fazê-lo com os braços abertos caiu no gosto da população carioca e acabou prevalecendo. A construção de fato só teve início em 1926. A cerimônia de inauguração da estátua, em dia 12 de outubro de 1931, foi, obviamente, cheia de pompa, contando com a presença do então presidente Getúlio Vargas. Havia ainda um plano para que o ilustre cientista italiano Guglielmo Marconi - inventor do telégrafo sem fio e nome fundamental no desenvolvimento do rádio - acionasse, diretamente da Itália, as luzes que iluminariam o Cristo.
A idéia mirabolante partiu do jornalista Assis Chateaubriand, que combinou com Marconi que ele, a partir de um iate na baía de Nápoles, emitiria um sinal elétrico que seria captado por uma estação na Inglaterra e retransmitido para uma antena em Jacarepaguá, de onde as luzes seriam acesas. Mas o mau tempo não permitiu que esse artifício tão engenhoso fosse colocado em prática - um contratempo curioso, mas insignificante para a história do monumento que se tornaria símbolo do Rio de Janeiro e do Brasil em todo o planeta.
Obra de mestre Estátua demorou cinco anos para ser montada peça a peça
1. A estátua foi feita na França pelo escultor francês Paul Landowski - pois acreditava-se, na época, que profissionais brasileiros não teriam experiência para executar a obra. Antes de a obra ser trabalhada em seu tamanho original, foram preparadas várias maquetes de gesso - como a que aparece na foto acima. À direita, a poetisa Margarida Lopes de Almeida, cujas mãos serviram de modelo para as do Cristo
2. A estátua veio da França para o Brasil em pedaços. Só a cabeça era composta por 50 peças e cada uma das mãos media 3,2 metros de comprimento. Para levar esses objetos gigantes ao alto do Corcovado, foi usado o trem que ligava o morro à parte baixa do Rio de Janeiro, ferrovia existente desde o final do século XIX.
3. Gigantescos andaimes de madeira e ferro permitiam aos operários o acesso aos pontos mais altos da obra, enquanto as peças eram erguidas por um sistema de cabos e roldanas. As várias partes do Cristo eram ocas e foram encaixadas aos poucos na estrutura metálica montada para sustentar o peso da estátua.

4. A primeira parte a ficar pronta foi a cabeça. O Cristo foi surgindo, portanto, de cima para baixo. Todas as peças da parte externa foram revestidas com pastilhas de pedra-sabão, material que, apesar de ser facilmente riscado, resiste bem ao tempo e às variações de temperatura.

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