terça-feira, 30 de abril de 2013

Ofereço-me ao Luar... Maria Kátia Saldanha

Ofereço-me ao Luar...
Ofereço-me ao luar!
Oculta nas noites pagã, em invisível cortejo.
Poéticas centelhas de um voejar confuso.
E neste vago tropel, ofereço-me a lua, Imperatriz em Supremo !
Mais devolva-me a melodia dos melros nas serranias,
ou apenas o chilrear de um avinhado, no madrigal noturno.
Restitui-me as noites serenas onde os borrões de noites frias não existia,
onde o bálsamo do luar faziam das suas mãos meus afagos,
antes da ira dos Deuses me prenderem perdendo minha voz.
Ofereço-me a lua!
Que paira sobre mim aliviando minha dor,
sua eterna escrava em vida serei, glorificando-a em andor ...
De tudo farei, oh! minha lua se me deres apenas uma enluarada noite com meu amor,
e plena dos meus rogos, dos meus gritos em súplicas,
coroa-me pelos rogos, súplicas e último anseio:
Sentir infinda circunstância ,do meu amor suas mãos suaves,
seus beijos intensos, despendendo profunda comoção,
rasgando em raios as madrugada enluaradas...
por ter, nem que seja um único e decisivo dia com meu carinhoso amado.
Ofereço-te minha totalidade!
Resoluta vendo-te até minha alma, por uma derradeira e delirante noite
De amor ao luar!

Maria Kátia Saldanha

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