sexta-feira, 29 de abril de 2011

De Mães e Aquarelas...Ariovaldo Cavarzan


DE MÃES E AQUARELAS
Ariovaldo Cavarzan
Campinas, 13/04/2011
Terno é o balé de trinchas e pincéis,
fazendo restar tons vibrantes e pastéis,
em telas de amor e de candura,
imitando afetos temperados em doçura.

Está composto um ritual de encantamento.

Vultos diáfanos e luminescentes deslizam em cortejo,
levitando por sôbre perfumados canteiros.

Fragrâncias se espalham no ar e tudo ao derredor se encanta,
envolto em emanações que a saudade espanta.

Coloridas partículas flutuam, num balé de delicadezas,
coreografado ao sopro da brisa, fazendo acalmar incertezas.

Aquarelas representam filhos amados,
na intensidade do amor de Mães.

Brilhos são preces colhidas,
em jardins de corações,
depositadas em texturas de emoções.

Vermelho representa amor intenso;
azul, a paz do Céu reproduzida;
verde, em  tons fortes ou esmaecidos,
imita afetos, vividos e esquecidos,
sinalizando limiares de esperanças,
em afiados cinzéis nutridas, 
e depois em frinchas esvaídas.

Matizes amarelos,
mais claros, ou mais belos,
simbolizam amados filhos especiais,
que, embora jamais esquecidos,
 ternos abraços não alcançam mais.

Difícil escolher dentre elas,
aquelas que se tenham por mais belas.

Matizes policrômicos sugerem flores, 
num festival de saudades e amores,
transformando virtuais pinturas,
em carinhos de afetos e canduras.

Há serenidade em mais um alvorecer,
e é domingo, o segundo, em Maio,
em que tudo está a acontecer.

Há festa nos corações daquelas,
 que o doce mister das Mães sustém.

Há alegria no plano das que se foram,
e das que ficaram também.

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