terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Poema Contíguo ao Ódio ao Artur Martins...João Rui de Sousa


Poema Contíguo ao Ódio ao Artur Martins
João Rui de Sousa
Que gelado sopro nos agita
do lado de dentro das ruas?

Que rápida vertigem nos domina
nesta agudíssima manhã?

Este vento que nos queima estas veias mais quentes
estes longos minutos que sacodem o rosto
estes ponteiros gigantes que nos marcam os séculos
estes rios de sal que abrem sulcos nos ossos.

Esta raiva que nos corta  estas lminas nos lábios
estes vidros de silêncio que nos enchem a boca
estes deuses que sorriem  estas lágrimas mais puras
estes grandes traços negros de trnsito impedido.

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