quinta-feira, 31 de outubro de 2013

Feliz Dia das Bruxas....



Dizem que quando você recebe a visita de uma bruxinha,ela vem trazer sorte, por isso Te enviei uma...


Espero que ela traga muitas coisas boas hoje e sempre!



hahahaha



Uiiii Aíii 
Bjs mágicos com cheiro e sabor de hortelã.


Arte da Fauzinha!!

Dica de Hoje!


Dia 31/10,Dia da Dona de Casa...Parabéns pelo seu Dia!!

A Dona de Casa
de Autor(a) Desconhecido(a)
Um homem chegou em casa, após o trabalho, e encontrou os seus três filhos brincando do lado de fora, ainda vestidos de pijamas.
Estavam sujos de terra, cercados por embalagens vazias de comida entregue em casa.
A porta do carro da sua esposa estava aberta.
A porta da frente da casa também.
O cachorro estava sumido, não veio recebê-lo.
Enquanto ele entrava em casa, achava mais e mais bagunça.
A lâmpada da sala estava queimada, o tapete estava enrolado e encostado na parede.
Na sala de estar, a televisão ligada aos berros num desenho animado qualquer, e o chão estava entulhado de brinquedos e roupas espalhadas.
Na cozinha, a pia transbordava de pratos; ainda havia café da manhã na mesa, a geladeira estava aberta, tinha comida de cachorro no chão e até um copo quebrado em cima do balcão.
Sem contar que tinha um montinho de areia perto da porta.
Assustado, ele subiu correndo as escadas, desviando dos brinquedos espalhados e de peças de roupasuja.
“Será que a minha mulher passou mal?”, pensou. “Será que alguma coisa grave aconteceu?”
Daí viu um fio de água correndo pelo chão, vindo do banheiro.
Lá encontrou mais brinquedos no chão, toalhas ensopadas, sabonete líquido espalhado por toda parte e muito papel higiênico na pia.
A pasta dos dentes tinha sido usada e deixada aberta e a banheira transbordava água e espuma.
Finalmente, ao entrar no quarto do casal, ele encontrou a mulher ainda de pijama, na cama, deitada e lendo uma revista.
Ele olhou para ela completamente confuso, e perguntou: “Que diabos aconteceu aqui em casa? Por quê toda esta bagunça?”
Ela sorriu e respondeu: “Todos os dias, quando você chega do trabalho, me pergunta: ‘Afinal de contas, o que você fez o dia inteiro dentro de casa’?"
“Bem...Hoje eu não fiz nada, FOFO!!!! Sentiu a diferença???

terça-feira, 29 de outubro de 2013

Oração do Dia!!!

Cinco minutos diante de Sto Antonio
Há quanto tempo eu te esperava, pois bem conheço as graças de que necessitas e que desejas que eu peças ao Senhor! 
Estou disposto e fazer tudo por ti; mas filho, dize uma a uma tuas necessidades, para que eu seja o intermediário entra tua alma e Deus, e possa suavizar teus males. 
Sinto s aflição do teu coração e quero unirme às tuas amarguras. Deseja o meu auxilio no teu negócio... queres minha proteção para restituir a paz na tua família... para conseguir algum emprego... para ajudar alguns pobres... alguma pessoa necessitada... para que cesse alguma tribulação... queres tua saúde ou a de alguém a quem muito estimas? Coragem, que tudo obterás.
Agradam-me também as almas sinceras que tomam sobre si as dores alheias, como se fossem próprias. Mas eu bem vejo como desejas aquela graça que há tanto tempo me pedes. Tem fé, que não tardará a hora em que hás da obtê-la.
Uma coisa, porém, desejo de ti. Quero que sejas mais assíduo ao SS. Sacramento: mais devoto para com a nossa Mãe Maria Santíssima: quero que propagues a minha devoção e ajudes meus pobres. Oh! Quanto isto me agrada ao coração! Não sei negar nenhuma graça àqueles que socorrem os outros por meu amor, e bem sabes quantos favores são obtidos por esse meio.
Quantos, com viva fé, têm recorrido a mim com o pão dos pobres na mão e são atendidos! Invocam-me para ter êxito feliz em um negócio, para achar um objeto perdido, para obter a saúde de uma pessoa enferma, para conseguir a conversão de alguém afastado de Deus, e eu, por amor dos meus pobres, cuja miséria está a meu cargo, obtenho de Deus tudo o que me pedem e ainda muito mais. 
Temes que eu não faça outro tanto por ti? Não penses assim porque prezo muito as prerrogativas que me foram concedidas por Deus de ser - o Santo dos Milagres. Muitos outros, como tu, têm precisado de mim e receiam pedir-me, cuidando que me importunam. Leio tudo no fundo do coração e a tudo darei remédio: hei da obter as graças; não temas.
Agora, volta às tuas ocupações e não te esqueças do que te recomendei; vem sempre procurar-me, porque eu te espero tuas visitas me hão de ser sempre agradáveis porque amigo afeiçoado como eu não acharás. Deixo-te no Coração Sagrado de Jesus e também no de Maria.
Reze em seguida: um Pai-Nosso, uma Ave-Maria e um Glória 
ao Pai.

Frases ou Pensamentos de Cora Coralina!

“Me esforço para ser melhor a cada dia.
Pois bondade também se aprende”

Cora Coralina

TÚNEL DO TEMPO...

Fato histórico do dia 29 DE Outubro...

1945
RIO DE JANEIRO - O Presidente Getúlio Dornelles Vargas é deposto e o Governo do país entregue ao Presidente do Supremo Tribunal Federal, Ministro José Linhares.

O que é que é ?rsrs...

O que é que é ?O que a água falou para o peixe?

Resposta: 
Nada.  

Arte da Fauzinha!!


segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Lindo demais...Coração é terra que ninguém vê...Cora Coralina

Lindo demais
Coração é terra que ninguém vê
Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Sachei, mondei - nada colhi.
Nasceram espinhos
e nos espinhos me feri.

Quis ser um dia, jardineira
de um coração.
Cavei, plantei.
Na terra ingrata
nada criei.

Semeador da Parábola...
Lancei a boa semente
a gestos largos...
Aves do céu levaram.
Espinhos do chão cobriram.
O resto se perdeu
na terra dura
da ingratidão

Coração é terra que ninguém vê
- diz o ditado.
Plantei, reguei, nada deu, não.
Terra de lagedo, de pedregulho,
- teu coração. Bati na porta de um coração.
Bati. Bati. Nada escutei.
Casa vazia. Porta fechada,
foi que encontrei...

Cora Coralina

Frases ou Pensamentos de Cora Coralina!

“Estamos todos matriculados na grande escola da vida,
onde o grande Mestre é o TEMPO!”


Cora Coralina

O que é que é ?rsrs...

O que é que é ?
Qual é a diferença entre o gato e coca-cola ?

Resposta: O gato mia e a coca light.

TÚNEL DO TEMPO...

Fato histórico do dia 21 DE Outubro...
1805
TRAFALGAR – ESPANHA - Batalha de Trafalgár. A frota britânica, comandada pelo almirante Nelson, derrota a frota franco-espanhola, comandada pelo almirante francês Villeneuve.

Arte da Fauzinha!!


Dica de Hoje!


sábado, 19 de outubro de 2013

Uma lágrima pela Gatuska - Gabriel de Sousa


[gatuska.jpg]
Uma lágrima pela Gatuska

Uma lágrima pela Gatuska, que nos fez companhia durante mais de dez anos. Deitada sobre mim, olhos nos olhos… um derradeiro estertor e apagou-se sem um queixume, eram oito da manhã. Foi enterrada nas traseiras do nosso prédio, embrulhada numa camisola do seu dono e com uma rosa entre as patinhas dianteiras. Não é feio um homem chorar. Será feio, sim, não gostar dos animais.

Vendo a Gatuska partir,
Senti desabar o Mundo,
Ânsias de também ir
Num sono muito profundo.



Gabriel de Sousa

DEPAREI-ME - Maria Kátia Saldanha

DEPAREI-ME
Deparei-me com uma contra-partida,
de todos os ensinamentos tidos infrigi,
e não pude evitar desta situação me afastar.

Vou atingir outros caminhos,
nesta fronteira não vou escalar,
a trilha vai por si só seguir....
somente trouxe o que coube a mim.

Esta estação... fui pura intromissão,
desci tardiamente deste familiar vagão,
adormeci nos dormentes do amor,
sonhei como ninguém sonhou,
acordando...sem saber onde estou.

Afinal entendi, que este mundo não me pertence
não tinha indiferença, seu amor eu senti,
somente é hora de ir...pra onde?
Não sei! Vou tentar descobrir

Por enquanto estou andando perdida,
as lágrimas não cessam de dor e saudade
sempre fui tão radiantemente amada,
quanto incondicionalmente amei.

Não existirá troca de farpas,
pois fui eu a errada.

Sei que te amo, apaixonada sou
como vou te esquecer?...
Na morte talvez,
meu amor é coração latente,
seu retrato e as cartas é o que me resta.

Mas sei que não mais te vou encontrar,
isso vai me matar mais depressa,
a você amor, peço compreeensão
por despertar e continuar a te amar.


Maria Kátia Saldanha

“Humildade...Cora Coralina

“Humildade
Senhor, fazei com que eu aceite 
minha pobreza tal como sempre foi. 

Que não sinta o que não tenho. 
Não lamente o que podia ter 
e se perdeu por caminhos errados 
e nunca mais voltou. 

Dai, Senhor, que minha humildade 
seja como a chuva desejada 
caindo mansa, 
longa noite escura 
numa terra sedenta 
e num telhado velho. 

Que eu possa agradecer a Vós, 
minha cama estreita, 
minhas coisinhas pobres, 
minha casa de chão, 
pedras e tábuas remontadas. 
E ter sempre um feixe de lenha 
debaixo do meu fogão de taipa, 
e acender, eu mesma, 
o fogo alegre da minha casa 
na manhã de um novo dia que começa.”

Cora Coralina

Frases ou Pensamentos de Cora Coralina!

“O que vale na vida não é o ponto de partida
e sim a caminhada.
Caminhando e semeando,
no fim terás o que colher.”

Cora Coralina


O que é que é ?rsrs...

O que é que é ?
Que tem rabo de porco, mas não é porco.
Pé de porco mas não é porco.
Costela de porco, mas não é porco?

Resposta: Feijoada. 

TÚNEL DO TEMPO...

Fato histórico do dia 19 DE Outubro...

1913
RIO DE JANEIRO - Nasce Vinícius de Morais (1913-1980), poeta brasileiro, músico, dramaturgo, autor da peça Forma e Exegese (1935) e Orfeu da Conceição (1954), que foi filmado várias vezes. Compõe, em 1953, seu primeiro samba: Quando tu Passas por Mim, ficou conhecido internacionalmente

A porta...Vinicius de Moraes

A porta
Eu sou feita de madeira
Madeira, matéria morta 
Mas não há coisa no mundo 
Mais viva do que uma porta.

Eu abro devagarinho 
Pra passar o menininho 
Eu abro bem com cuidado 
Pra passar o namorado 
Eu abro bem prazenteira 
Pra passar a cozinheira 
Eu abro de supetão 
Pra passar o capitão.

Só não abro pra essa gente 
Que diz (a mim bem me importa...) 
Que se uma pessoa é burra 
É burra como uma porta.

Eu sou muito inteligente! 
Eu fecho a frente da casa 
Fecho a frente do quartel 
Fecho tudo nesse mundo 
Só vivo aberta no céu!

Vinicius de Moraes

Dica de Hoje!

Arte da Fauzinha!!


sexta-feira, 18 de outubro de 2013

Anti-Poema(poesia) Gabriel de Sousa

ANTI-POEMA
(poesia)
«Mais vale morrer de pé,
do que viver de joelhos»
DOLORES IBARRURI 

Rama Rema Rima Roma Ruma :
botas de soldados
que se aproximam uma a uma

Quem diz rama, diz quintal
Quem diz rema, diz mar
Quem diz rima, diz poema
Quem diz Roma, diz punhal,
Quem diz ruma, diz Polar

Se já não ruma,
se não é Roma
se já não rima
e se já não rema ...
... resta-lhe a rama

Se lhe faltam as estrelas, 
as armas e os poetas,
se não tem marinheiros ...
... restam-lhe os cravos

( Com as estrelas
ainda se poderia orientar, 
com os marinheiros
poderia navegar,
com os poetas
poderia ter canções ...
... mas só com cravos
não se fazem revoluções )

Rama Rema Rima Roma Ruma :
botas de soldados
que se aproximam uma a uma

Roma foi assim apunhalada
e a tristeza voltou à rua
pela mão de alguns soldados.
O povo ficou sem nada
mas a luta continua
com os punhos mais cerrados

Ruma Roma Rima Rema Rama :
botas de soldados
manchadas de lama

Gabriel de Sousa
(Novembro 1975)

Oração do Dia!!!

ORAÇÃO A SÃO ZEFERINO
Ó Deus, nosso Pai, nós Te pedimos que, mediante teu Espírito Santo, nos concedais o dom do discernimento, para percebermos os sinais de teu amor e de tua ação na história humana. 
E que, a exemplo de São Zeferino, sejamos capazes de exercer a solidariedade para com todos os homens, sem levar em consideração raça, cultura e religião. Amém.
São Zeferino, rogai por nós.

Mãe...Cora Coralina

Mãe
Renovadora e reveladora do mundo
A humanidade se renova no teu ventre.
Cria teus filhos,
não os entregues à creche.
Creche é fria, impessoal.
Nunca será um lar
para teu filho.
Ele, pequenino, precisa de ti.
Não o desligues da tua força maternal.

Que pretendes, mulher?
Independência, igualdade de condições...
Empregos fora do lar?
És superior àqueles
que procuras imitar.
Tens o dom divino
de ser mãe
Em ti está presente a humanidade.

Mulher, não te deixes castrar.
Serás um animal somente de prazer
e às vezes nem mais isso.
Frígida, bloqueada, teu orgulho te faz calar.
Tumultuada, fingindo ser o que não és.
Roendo o teu osso negro da amargura.

Cora Coralina

Frases ou Pensamentos de Cora Coralina!

“É que tem mais chão nos meus olhos do que cansaço 
nas minhas pernas, mais esperança nos meus passos 
do que tristeza nos meus ombros, mais estrada 
no meu coração do que medo na minha cabeça.”

Cora Coralina

O que é que é ?rsrs...

O que é que é ?
Porque o fandango está se suicidando?

Resposta: Por que a vida dele é um saco.

TÚNEL DO TEMPO...

Fato histórico do dia 18 DE Outubro...

1931
WEST ORANGE – ESTADOS UNIDOS - Morre Tomás Alva Edison (1847-1931), inventor norte-americano. Iniciou sua carreira apresentando uma máquina elétrica para a contagem de votos, em 1869. Criou o fonógrafo, que se tornaria uma de suas mais famosas contribuições culturais à humanidade e que seria conhecida como vitrola, popularmente. Inventou ou aperfeiçoou a lâmpada incandescente. Em abril de 1928 tinha 1.033 patentes de invenção.

Dica de Hoje!


Arte da Fauzinha!!


quarta-feira, 16 de outubro de 2013

ORAÇÃO A SANTA EDWIGES... 16/10 - Dia de Santa Edwiges

ORAÇÃO A SANTA EDWIGES
16/10 - Dia de Santa Edwiges
Ó Santa Edwiges, vós que na terra fostes o amparo dos pobres, a ajuda dos desvalidos e o socorro dos endividados, e no Céu agora desfrutais do eterno prêmio da caridade que em vida praticastes, suplicante te peço que sejais minha advogada, para que eu obtenha de Deus o auxílio de que urgentemente necessito: (fazer o pedido).
Alcançai-me também a suprema graça da salvação eterna. Santa Edwiges, rogai por nós. Amém.
Rezar 1 Pai Nosso, 1 Ave Maria e fazer o Sinal da Cruz

Outonos ....Quim Trovador( Poeta e Sonhador )

Outonos ....
As folhas atapetam o chão,
caídas do enorme plátano,
corpo despido, incolor ,
ergendo aos céus ,
seus braços, feridos de dor...

Olho a árvore solitária,
meu espelho ,
minha imagem ...
As cãs no meu cabelo,
são as folhas mortas,
de muitos outonos ...

Olho a árvore
que sou eu !

Apanho uma folha ...
e, o erguer-me,
vejo gravado no tronco,
dois corações ,
cruzados,
frexados ...
de dois namorados.

Revejo tempos passados,
lembro das iniciais gravadas,
diluídas por tantas ilusões ...
Tantos invernos, primaveras,
outonos , verões ...

As folhas caídas,
são "águas passadas"
são lágrimas do plátano,
e dos dois corações ...

Quim Trovador
( Poeta e Sonhador )

Folhas do meu testamento,
passadas há meio século ...
Serra - Mãe Outono de 2000

AQUELA SENHORA - Maria Kátia Saldanha

AQUELA SENHORA
Aquela senhora que passa
Em lentidão pelo tempo ido
É minha Mãe

Ela passa sem pressa
Nem mais se desespera
Chora as vezes em sonhos
Como um abandono de criança
Nos braços da Mãe

Voa como estivera em nuvens
Claras, como tivesse asas
Ela corre como vento
Como uma menina pequena
No amado e longíquo interior

Minha Mãe hoje dança no alto
Em meio as gigantes estrelas
Sua musicalidade, Mãe, foi fuga alegre
Para enfrentar, o preço cobrado, pela custosa vida

Tu, Mainha é minha vida
Fiz um bolo repleto corações
Cada um representando um filho
Que a senhora colocou na vida de luz

Sei que será uma grande festa, Mainha
Com tantos anjos ao redor de ti
Mais será, somente a senhora
Que há de brilhar no céu estrelado
Tu reinara em cometa encantado
Na aboboda do mundo que reluz
Sei que com as faces rubras, vai soprar
A incandecentes velas, ao som dos parabéns

Abrira cuidadosamente seus presente
Dobrando e redobrando um pequeno pano
Como sempre fazia, quando era o centro
Dos pequenos, e saudosos aniversários


 Maria Kátia Saldanha

CORA CORALINA, QUEM É VOCÊ?...Cora Coralina

CORA CORALINA, QUEM É VOCÊ?
Sou mulher como outra qualquer.
Venho do século passado
e trago comigo todas as idades.

Nasci numa rebaixa de serra
Entre serras e morros.
“Longe de todos os lugares”.
Numa cidade de onde levaram
o ouro e deixaram as pedras.

Junto a estas decorreram
a minha infância e adolescência.

Aos meus anseios respondiam
as escarpas agrestes.
E eu fechada dentro
da imensa serrania 
que se azulava na distância
longínqua.

Numa ânsia de vida eu abria
O vôo nas asas impossíveis
do sonho.

Venho do século passado.
Pertenço a uma geração
ponte, entre a libertação
dos escravos e o trabalhador livre.
Entre a monarquia caída e a república 
que se instalava.

Todo o ranço do passado era presente.
A brutalidade, a incompreensão, a ignorância, o carrancismo.
Os castigos corporais.
Nas casas. Nas escolas.
Nos quartéis e nas roças.
A criança não tinha vez,
Os adultos eram sádicos
aplicavam castigos humilhantes. 

Tive uma velha mestra que já
havia ensinado uma geração
antes da minha.
Os métodos de ensino eram
antiquados e aprendi as letras 
em livros superados de que 
ninguém mais fala.

Nunca os algarismos me
entraram no entendimento.
De certo pela pobreza que marcaria
Para sempre minha vida.
Precisei pouco dos números.

Sendo eu mais doméstica do
que intelectual,
não escrevo jamais de forma
consciente e racionada, e sim
impelida por um impulso incontrolável.
Sendo assim, tenho a
consciência de ser autêntica.

Nasci para escrever, mas, o meio,
o tempo, as criaturas e fatores
outros, contra-marcaram minha vida.

Sou mais doceira e cozinheira
Do que escritora, sendo a culinária
a mais nobre de todas as Artes:
objetiva, concreta, jamais abstrata
a que está ligada à vida e 
à saúde humana.

Nunca recebi estímulos familiares para ser literata.
Sempre houve na família, senão uma
hostilidade, pelo menos uma reserva determinada
a essa minha tendência inata.
Talvez, por tudo isso e muito mais,
sinta dentro de mim, no fundo dos meus
reservatórios secretos, um vago desejo de analfabetismo.
Sobrevivi, me recompondo aos 
bocados, à dura compreensão dos 
rígidos preconceitos do passado.

Preconceitos de classe.
Preconceitos de cor e de família.
Preconceitos econômicos.
Férreos preconceitos sociais.

A escola da vida me suplementou
as deficiências da escola primária
que outras o destino não me deu. 

Foi assim que cheguei a este livro
Sem referências a mencionar.

Nenhum primeiro prêmio.
Nenhum segundo lugar.

Nem Menção Honrosa.
Nenhuma Láurea.

Apenas a autenticidade da minha 
poesia arrancada aos pedaços
do fundo da minha sensibilidade,
e este anseio:
procuro superar todos os dias
Minha própria personalidade
renovada, 
despedaçando dentro de mim
tudo que é velho e morto.

Luta, a palavra vibrante
que levanta os fracos
e determina os fortes.

Quem sentirá a Vida
destas páginas...
Gerações que hão de vir
de gerações que vão nascer.

Cora Coralina
(Meu Livro de Cordel, p.73 -76, 8°ed, 1998)

Oração do Dia!!!

ORAÇÃO A SÃO BARTOLOMEU
Glorioso São Bartolomeu, modelo sublime de virtude e puro frasco das graças do Senhor! Proteja este seu servo que humildemente se ajoelha a seus pés e implora que tenha a bondade de pedir por mim junto ao trono do Senhor.
São Bartolomeu, use todos os recursos para me proteger dos perigos que diariamente me rodeiam! Lance seu escudo protetorem minha volta e me proteja do meu egoísmo e de minha indiferença a Deus e ao meu vizinho.
São Bartolomeu , me inspire em imitá-lo em todas as minhas ações. Derrame em mim suas graças para que eu possa servir e ver a Cristo nos outros e trabalhar para a Vossa maior gloria.
Graciosamente obtenha de Deus os favores e as graças que eu muito necessito, nas minha misérias e aflições da vida. Eu aqui invoco sua poderosa intercessão, confiante na esperança que ouvirás minhas orações e que obtenha para mim esta especial graça e favor que eu reclamo de seu poder e bondade fraternal, e com toda a minha alma imploro que me conceda a graça ...(mencionar aqui a graça desejada ), e ainda a graça da salvação de minha alma e para que eu viva e morra como filho de Deus, alcançando a doçura do Vosso amor e a eterna felicidade. Amém!

Frases ou Pensamentos de Cora Coralina!

“Eu sou aquela mulher que fez
a escalada da montanha da vida,
removendo pedras e plantando flores.”

Cora Coralina

O que é que é ?rsrs...

O que é que é ?
Por que não falta energia no quartel?

Resposta: Porque todo Cabo já foi Soldado.

TÚNEL DO TEMPO...

Fato histórico do dia 16 DE Outubro...

1978
SANTA SÉ – VATICANO – A Igreja elege como novo líder católico o Cardeal Karol Wojtyla, o Papa João Paulo II. Há 456 anos que não havia um papa que não fosse italiano.

Dica de Hoje!


Arte da Fauzinha!!


segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Talvez Minha Irmã...Maria Kátia Saldanha

Talvez Minha Irmã
Talvez
Minhas recordações
Tenha o peso dos tempos idos
Em obscuro tormentoso castigo
Mas a vida é passageira
Não escondo meu calar

Talvez
Pelo fato de ter uma irmã,
mais muito mais que amiga
Seu nome: Olivia
Que vem da frondosa árvore da oliveira
Sua sombra é carinho, é ternura

Talvez
Nossos corações unidos permanecem
Em comunhão, comemos o mesmo pão trigal
Que na mesa repartimos em fatia igual
Tento suas lágrimas enxugar
Mas, prisioneira em janeiro está
Ela é tão forte...tão frágil
Qual uma flor de romã
Bela e formosa dança ao sabor do vento

Talvez
Alguém transforme seu coração
Dando-lhe desmedida afeição
Fazendo sofrido janeiro esquecer
Então ela se faça renascer
Com várias mãos amigas a amparar

Talvez
Tudo seja alucinante aventura
Ou o tempo consiga essa dor exterminar
São tantos anos de luta
Que realmente não sei como afastar
Por isso essa linhas escritas
Um dia a leia, mas, sei que triste irá ficar
Talvez...veja os janeiros
Sem tanto pesar!

Talvez....
Só não é talvez, minha irmã, o meu amar

Maria Kátia Saldanha

ANTIGUIDADES...Cora Coralina

ANTIGUIDADES
Quando eu era menina
bem pequena,
em nossa casa,
certos dias da semana
se fazia um bolo,
assado na panela
com um testo de borralho em cima.

Era um bolo econômico,
como tudo, antigamente.
Pesado, grosso, pastoso.
(Por sinal que muito ruim.)

Eu era menina em crescimento.
Gulosa,
abria os olhos para aquele bolo
que me parecia tão bom
e tão gostoso.

A gente mandona lá de casa
cortava aquele bolo
com importância.
Com atenção. Seriamente.
Eu presente.
Com vontade de comer o bolo todo.

Era só olhos e boca e desejo
daquele bolo inteiro.
Minha irmã mais velha
governava. Regrava.
Me dava uma fatia,
tão fina, tão delgada...
E fatias iguais às outras manas.
E que ninguém pedisse mais !
E o bolo inteiro,
quase intangível,
se guardava bem guardado,
com cuidado,
num armário, alto, fechado,
impossível.

Era aquilo, uma coisa de respeito.
Não pra ser comido
assim, sem mais nem menos.
Destinava-se às visitas da noite,
certas ou imprevistas.
Detestadas da meninada.

Criança, no meu tempo de criança,
não valia mesmo nada.
A gente grande da casa
usava e abusava
de pretensos direitos
de educação.

Por dá-cá-aquela-palha,
ralhos e beliscão.
Palmatória e chineladas
não faltavam.
Quando não,
sentada no canto de castigo
fazendo trancinhas,
amarrando abrolhos.
"Tomando propósito".
Expressão muito corrente e pedagógica.

Aquela gente antiga,
passadiça, era assim:
severa, ralhadeira.

Não poupava as crianças.
Mas, as visitas...
- Valha-me Deus !...
As visitas...
Como eram queridas,
recebidas, estimadas,
conceituadas, agradadas !

Era gente superenjoada.
Solene, empertigada.
De velhas conversas
que davam sono.
Antiguidades...

Até os nomes, que não se percam:
D. Aninha com Seu Quinquim.
D. Milécia, sempre às voltas
com receitas de bolo, assuntos
de licores e pudins.
D. Benedita com sua filha Lili.
D. Benedita - alta, magrinha.
Lili - baixota, gordinha.
Puxava de uma perna e fazia crochê.
E, diziam dela línguas viperinas:
"- Lili é a bengala de D. Benedita".
Mestre Quina, D. Luisalves,
Saninha de Bili, Sá Mônica.
Gente do Cônego, Padre Pio.

D. Joaquina Amâncio...
Dessa então me lembro bem.
Era amiga do peito de minha bisavó.
Aparecia em nossa casa
quando o relógio dos frades
tinha já marcado 9 horas
e a corneta do quartel, tocado silêncio.
E só se ia quando o galo cantava.

O pessoal da casa,
como era de bom-tom,
se revezava fazendo sala.
Rendidos de sono, davam o fora.
No fim, só ficava mesmo, firme,
minha bisavó.

D. Joaquina era uma velha
grossa, rombuda, aparatosa.
Esquisita.
Demorona.
Cega de um olho.
Gostava de flores e de vestido novo.
Tinha seu dinheiro de contado.
Grossas contas de ouro
no pescoço.

Anéis pelos dedos.
Bichas nas orelhas.
Pitava na palha.
Cheirava rapé.
E era de Paracatu.
O sobrinho que a acompanhava,
enquanto a tia conversava
contando "causos" infindáveis,
dormia estirado
no banco da varanda.
Eu fazia força de ficar acordada
esperando a descida certa
do bolo
encerrado no armário alto.
E quando este aparecia,
vencida pelo sono já dormia.
E sonhava com o imenso armário
cheio de grandes bolos
ao meu alcance.

De manhã cedo
quando acordava,
estremunhada,
com a boca amarga,
- ai de mim -
via com tristeza,
sobre a mesa:
xícaras sujas de café,
pontas queimadas de cigarro.
O prato vazio, onde esteve o bolo,
e um cheiro enjoado de rapé.

Cora Coralina