sábado, 27 de setembro de 2014

Uma Cadeira...Maria Kátia Saldanha

[cadeira+vazia.jpg]
UMA CADEIRA
Sento-me numa cadeira qualquer
Há licor nas cristaleira com taças
Seja acaso, hora de decidir
Com interno descrédito, vou impingir
Imprevistos foi-me impôsto
Volto sem piedade pelo antigo intinerário
Tenho vínculos viceral
Nesta andança que irei talhando
Vou suprindo estas saudades
Entre um ou outro suspiro
Solapo as sagas que desampara
Este últimos tempos de aqui viver
Soçobro sem quantitavo o que deixei
Abro, com receio, alguma gavetas
Entre as grossas teias que invadem
Removo, emocionada....
Tudo que o tempo não levou
Continuo sentada....
As lembranças não param
Toco a cadeira que estou sentada
Viajando, igualmente, por toda minha sala
Em que quadrado me deixaram...
Se só soube andar em terreno largo
Essa realidade triste, não me atrai
Volto sempre...em acordado sonho
Ao meu lar que sempre amei
Tudo se acaba um dia
As rachaduras das paredes inexistentes
Noto...que todas são minhas
Na aparente e externa figura
Ser algum as vê
Não se acaba o amor por uma terra
Onde sentia verdadeira alegria
O que me cabe nestes longos dias
Só eu, sentada... a outra cadeira vazia.


Maria Kátia Saldanha

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