Desde que de ti há memória Tens sido sofredora e corajosa… Já Catarina Eufémia, Com um filho nos braços E outro no ventre, Nem por um minuto sequer imaginou Recuar perante o agressor. Não se serviu dos filhos como escudo (Eles faziam parte do próprio corpo… Eles faziam parte da própria vida…). Os tiros soaram e ecoaram pelo País E o seu sangue empapou a terra Que a vira nascer, viver e sofrer.
A Mulher do Alentejo, Sob o sol escaldante da planície Ou no Inverno mais rigoroso, Tem sempre a face molhada Ou pelo suor ou pelas lágrimas. Na ceifa ou na monda, Na apanha da azeitona Ou nas tarefas da vida moderna, Ela está sempre na primeira linha.
Muitas vezes consegue cantar Enquanto o coração está a sangrar. Por tudo isto te admiro Mulher do Alentejo: Sabes repartir o teu calor humano, És calma mas rebelde, És trabalhadora sem igual. Mesmo em condições adversas, És o orgulho de Portugal.
Nenhum comentário:
Postar um comentário