segunda-feira, 21 de julho de 2014

Meu Grito...Maria Kátia Saldanha

MEU GRITO
Grito… 
Grito há tanto meu pranto 
pelas espirais esfumaçadas da fechadura. 
Por que me tratam assim? 
É como se fosse um espectro em delírio a passar 
entre vos na desabrigada armadura. 
Fecharam meu coração! 
Não permitem minha entrada. 
Recolhida estou nos rasgões de cobertas. 
Tanto amor manado, agora tão incertos, 
e sei...que nunca virão ao meu encontro

Grito… 
Nos sonhos, que ecoam entre colinas descoloridas, 
as flores estão cobertas de eras, que era colorido amor. 
Se nunca os rebentei por que agora agem em perjura, 
ficando estagnada, paro no meu imposto lugar. 
Insensata fui, olho, só vejo exposta nudez d'alma 
Tuas ações me são desconcertantes 
Fazendo-me sentir receosos instantes vividos 
Tê-los afável, fizeram, meus braços feliz. 
Tudo miragem, um imaginário oásis 
todos fugiram de mim!

Grito…Urro 
Quando ouço o cantar dos pássaros 
Elevo meus pensamentos, e todos são para vocês. 
Essas viagens estão a matar-me, busco por explicações inexistentes. 
Os dias passam, eu cá a esperar, deparo-me apenas com as recordações. 
Amor, sonhos.... tudo tão distante. 
Saudades tantas, abrevio-as, com antigos retratos 
Nada direi, mesmo que esteja embalsamada de sentimento, 
ainda assim, os guardado. 
Quisera poder correr ao encontro do meu passado tempo 
em gritos dizer :Sempre ei de vos querer! 

Maria Kátia Saldanha

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