quinta-feira, 6 de junho de 2013

CRAVO VERMELHO...Fernando Reis Costa

CRAVO VERMELHO
(a ti, Isabel!)
Aquele cravo vermelho, lindo, que regavas 
Na varanda, que era o teu jardim,
Flor, como as demais, de que gostavas, 
Pareceu aperceber-se do teu fim! 

Esgotou em lágrimas a água que lhe davas; 
Tanto chorou que ficou seco e caiu. 
Sentiu que eras tu que lhe faltavas: 
– A tal flor companheira que partiu!... 

E as orquídeas, que tanto admiravas, 
Não sentem o olhar como as olhavas:
De folhas tristes, esvoaçam com o vento. 

Como o cravo vermelho, comovidas, 
Pela tua falta, estão envelhecidas 
Num gélido Inverno antes do tempo!...

Fernando Reis Costa 
Setembro de 2003

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