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Anoitece e, tenho frio... Joaquim Oliveira ( Quim Trovador ) |
Tenho frio ! No horizonte distante fina-se o dia .
Não há regresso à cabana dos sonhos eróticopoéticos.
Há paredes cruelmente nuas, sem portas nem janelas.
Não há candeia sobre a mesa, nem bruxeleantes velas ....
Tenho, unicamente frio ...
Queria escrever apenas uma triste e longa poesia,
a escuridão da alma, a musa ausente, a mente vazia,
não tem história, nem memória alguma , p'ra fazê-la .
Há paredes cruelmente nuas, sem portas nem janelas.
Não há candeia sobre a mesa, nem bruxeleantes velas ....
Tenho, unicamente frio ...
Queria escrever apenas uma triste e longa poesia,
a escuridão da alma, a musa ausente, a mente vazia,
não tem história, nem memória alguma , p'ra fazê-la .
Olho novamente o horizonte.Transfigurou-se :
Tal como eu, renasce a inquietude do passado,
na contradição de contar a longa insana história,
da qual eu próprio duvido se foi real ou imaginária ...
Tal como eu, renasce a inquietude do passado,
na contradição de contar a longa insana história,
da qual eu próprio duvido se foi real ou imaginária ...
Será que a quero contar ou cobardemente olvidá-la ?
Diluí-la no pensamento, ou aguardando que o tempo,
a faça regredir aos coloridos e felizes tempos d'outrora,
em que havia o alvor dengoso e suave da aurora,
e sonhos de amor, carnais, de luxúrias sem fim ?
Haviam ainda flores a desfolhar, floridas primaveras,
em que te despia e amava, contava desejos, quimeras ,
... e infindáveis noites eternas a cheirar a jasmim ...
Diluí-la no pensamento, ou aguardando que o tempo,
a faça regredir aos coloridos e felizes tempos d'outrora,
em que havia o alvor dengoso e suave da aurora,
e sonhos de amor, carnais, de luxúrias sem fim ?
Haviam ainda flores a desfolhar, floridas primaveras,
em que te despia e amava, contava desejos, quimeras ,
... e infindáveis noites eternas a cheirar a jasmim ...
Não !
Somente tenho frio ...
Somente, em mim o calor da vida e o teu anoitece ...
Sem luz da Lua, de vela ou de candeia,
em cima da minha rude mesa,
a alma poética escureceu,
e o poema morreu !
Somente tenho frio ...
Somente, em mim o calor da vida e o teu anoitece ...
Sem luz da Lua, de vela ou de candeia,
em cima da minha rude mesa,
a alma poética escureceu,
e o poema morreu !
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