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TU ME DESVENDA
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Tu me desvenda em plena madrugada
por quanto tuas mãos em meu corpo navegava
entre horas em que o mar é bravio, e suas ondas me açoita
...quando em rota quer navegar
E nesta indomada ventania perdemos timão neste viajar.
Navegante era eu em distante sonhar
Tua nau sucumbiu-me em seu mágico marear
A brisa tornou-se alucinante ventania,
entregues a sorte do mar a bravejar
E em todo oceano, fomos, a fora navegar...
No repente do nosso leito,
dos acetinados vermelhos lençóis
Aportas teu barco em meu salgado cais
Dos lábios mornos
que estavam tornam-se quentes como vulcão,
e, em ti meu amado escorro em fusão de lavas
Desfaleço...quando tua mão em mim enrosca,
agora não mais somos tu e eu,
somos nós com ou sem lençóis!
Sai a lua, e entra em frestas a alvorada
O jorro se faz mel nas fendas molhadas...
Maria Kátia Saldanha
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