MEU GRITO |
Grito…
Grito há tanto meu pranto
pelas espirais esfumaçadas da fechadura.
Por que me tratam assim?
É como se fosse um espectro em delírio a passar
entre vos na desabrigada armadura.
Fecharam meu coração!
Não permitem minha entrada.
Recolhida estou nos rasgões de cobertas.
Tanto amor manado, agora tão incertos,
e sei...que nunca virão ao meu encontro
Grito…
Nos sonhos, que ecoam entre colinas descoloridas,
as flores estão cobertas de eras, que era colorido amor.
Se nunca os rebentei por que agora agem em perjura,
ficando estagnada, paro no meu imposto lugar.
Insensata fui, olho, só vejo exposta nudez d'alma
Tuas ações me são desconcertantes
Fazendo-me sentir receosos instantes vividos
Tê-los afável, fizeram, meus braços feliz.
Tudo miragem, um imaginário oásis
todos fugiram de mim!
Grito…Urro
Quando ouço o cantar dos pássaros
Elevo meus pensamentos, e todos são para vocês.
Essas viagens estão a matar-me, busco por explicações inexistentes.
Os dias passam, eu cá a esperar, deparo-me apenas com as recordações.
Amor, sonhos.... tudo tão distante.
Saudades tantas, abrevio-as, com antigos retratos
Nada direi, mesmo que esteja embalsamada de sentimento,
ainda assim, os guardado.
Quisera poder correr ao encontro do meu passado tempo
em gritos dizer :Sempre ei de vos querer!
Maria Kátia Saldanha
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