NATAL
Jota Há
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Em quinze segundos de propaganda conseguiram
com êxito resumir mais de dois mil anos de história.
É…é aquela propaganda que o menino fala do Natal.
Ele conta uma pequena história de como tudo
isso começou, mais ou menos assim:
Há muitos e muitos tempos, nasceu uma criança
e três Reis Magos foram visitá-la e levaram presentes.
Então começou o Natal.
Presente. Presente. Natal…
Natal é uma beleza.
Além de todo mundo ficar bonzinho durante um pequeno período que o antecede, ainda rolam os mais profundos instintos consumistas – aqueles que fazem a gente querer ter coisas
antes de se preocupar em encontrar uma utilidade para elas.
E quem gosta de informática sabe melhor do que os outros
o que é isso. A cada dois meses, ou menos até, aparece uma necessidade nova. Um micro de digamos, 500 Mhz,
que até ontem era o que havia, já perdeu o status de
“computador-padrão” para os de 800 Mhz.
Sem falar nos de 1 Ghz e no Mac em forma de cubo.
E o engraçado é que a maioria das pessoas – os usuários
explorados – que compram essas máquinas só usa o editor de textos, Internet e e-mail, quando usam. Coisas que não funcionam melhor nelas do que em um micro velho e barato. O óbvio ululante: só o tesão pela novidade basta para que se torrem os tubos. No fim, as pessoas querem mesmo algo que dê vontade de tocar, comer com os olhos e falar: “É meu…”; algo que faça reviver os tempos em que à gente sabia que uma espingarda laser esperava para ser desembrulhada debaixo da árvore de Natal.
E ninguém está livre disso.
É só ir ao shopping e passar por aquelas vitrines visualmente saborosas. Nessas, a gente olha e vê que o computador
que tem em casa é muito bege, que o celular é grande demais
e que a TV é muito gorda (não é daquelas fininhas, de
cristal líquido). Mas ainda bem que, o período é curto, já, já,
tem Ano Novo. E, na hora em que a gente vê o Sol nascendo na primeira manhã do ano, pensa em qualquer coisa, menos nessas bobeiras que, em outras horas, parecem ter alguma importância.
que tem em casa é muito bege, que o celular é grande demais
e que a TV é muito gorda (não é daquelas fininhas, de
cristal líquido). Mas ainda bem que, o período é curto, já, já,
tem Ano Novo. E, na hora em que a gente vê o Sol nascendo na primeira manhã do ano, pensa em qualquer coisa, menos nessas bobeiras que, em outras horas, parecem ter alguma importância.
Já estou perto!!! Me aguardem!! |
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