CRAVO VERMELHO
(a ti, Isabel!)
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Aquele cravo vermelho, lindo, que regavas
Na varanda, que era o teu jardim,
Flor, como as demais, de que gostavas,
Pareceu aperceber-se do teu fim!
Esgotou em lágrimas a água que lhe davas;
Tanto chorou que ficou seco e caiu.
Sentiu que eras tu que lhe faltavas:
– A tal flor companheira que partiu!...
E as orquídeas, que tanto admiravas,
Não sentem o olhar como as olhavas:
De folhas tristes, esvoaçam com o vento.
Como o cravo vermelho, comovidas,
Pela tua falta, estão envelhecidas
Num gélido Inverno antes do tempo!...
Fernando Reis Costa
Setembro de 2003
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